Estudo comparativo entre os azeites de oliva e de abacate produzidos no Brasil: composição química e comportamento oxidativo sob armazenamento

Comparative study between olive and avocado oils produced in Brazil: chemical composition and oxidative behavior under storage

Autores

  • Jennifer de Oliveira Paulino Centro de Ciências da Natureza, Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, Buri, SP, Brasil.
  • Bruna Maira Berto Centro de Ciências da Natureza, Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, Buri, SP, Brasil.
  • Gabriel Deschamps Fernandes Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Campinas, SP, Brasil.
  • Gustavo das Graças Pereira Centro de Ciências da Natureza, Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, Buri, SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.4322/2359-6643.14273

Resumo

Considerando o crescimento na produção do azeite de oliva no Brasil e, uma consequente abertura para o mercado do azeite de abacate, o presente trabalho objetivou avaliar, de forma comparativa, os atributos de identidade e de qualidade, além do comportamento oxidativo de azeites de oliva e de abacate nacionais. Duas amostras comerciais de azeite de oliva e duas de azeite de abacate foram caracterizadas quanto à composição em ácidos graxos e em esteróis, teor de ácidos graxos livres (AGL), índice de peróxidos (IP) e estabilidade oxidativa. Além disso, avaliou-se a evolução do índice de peróxidos das amostras durante seis meses de armazenamento sob temperatura ambiente. As amostras de azeite de oliva apresentaram maior concentração de ácido oleico e menor concentração dos ácidos palmítico e linoleico comparativamente aos azeites de abacate. O β-sitosterol foi o esterol majoritário em todas as amostras, enquanto o segundo constituinte mais abundante diferiu a depender do tipo de azeite. Vale destacar que o azeite de abacate apresentou um teor total de fitoesteróis cerca de quatro vezes maior do que foi observado para o azeite de oliva. Além disso, todas as amostras se enquadraram nos limites estabelecidos na legislação para AGL e IP. No que se refere à degradação oxidativa, apesar das amostras de azeite de oliva apresentarem maior estabilidade oxidativa, todos os azeites demonstraram uma rápida formação de produtos primários de oxidação durante a estocagem. Portanto, os resultados obtidos permitem uma melhor compreensão e comparação da qualidade físico-química dos azeites de oliva e de abacate produzidos no Brasil.

Downloads

Publicado

2024-07-18

Edição

Seção

Artigo Original