Ação do óleo essencial de Schinus terebinthifolius Raddi no crescimento in vitro de Colletotrichum truncatum, agente causal da antracnose em plantas de soja

Action of Schinus terebinthifolius Raddi essential oil on the in vitro growth of Colletotrichum truncatum, the causal agent of anthracnose in soybean plants

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4322/2359-6643.15300

Resumo

A soja é uma cultura de grande importância econômica globalmente, e tem sido cultivada amplamente por produtores familiares, sobretudo na região Sul do Brasil. A produtividade da cultura é frequentemente comprometida por diversos patógenos, incluindo o fungo Colletotrichum truncatum, agente causal da antracnose. O controle convencional dessa doença é predominantemente realizado através de fungicidas sintéticos, o que tem levantado preocupações relacionadas à insegurança ambiental e à saúde humana. Nesse sentido, a utilização de óleos vegetais como método de controle ecológico fitopatogênico torna-se uma alternativa interessante ao uso de produtos químicos sintéticos. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a ação do óleo essencial de pimenta-rosa (Schinus terebinthifolius Raddi) no crescimento in vitro de Colletotrichum truncatum. O experimento foi conduzido com quatro tratamentos, realizados em placas de petri contendo meio de cultura batata-dextrose-agar (BDA) sendo T1 o controle sem aplicação do óleo, T2 com óleo adicionado ao meio BDA antes de solidificação, T3 com óleo aplicado na superfície do meio já solidificado, e T4 com óleo aplicado em papel filtro colocado na tampa da placa e, todos os tratamentos sob concentrações variando de 25 a 800 μL/20 mL. A utilização do óleo essencial de pimenta-rosa foi eficiente em inibir o crescimento micelial do C. truncatum, em todos os tratamentos testados, porém a maior porcentagem de inibição ocorreu em T3 na concentração 800 μL/20 mL. O resultado deste estudo sugere que o óleo essencial de pimenta rosa pode ser uma alternativa natural promissora aos agroquímicos atualmente utilizados no combate à antracnose da soja e deve ser mais estudado em testes in vitro e principalmente in vivo para melhor compreender a dinâmica/bioquímica dos processos envolvidos.

Biografia do Autor

Ana Paula Oliveira Amaral Mello, Centro de Ciências Agrárias / UFSCar / Araras

Departamento de Desenvolvimento Rural / Fitopatologia

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Publicado

2025-10-03

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Artigo Original