Decomposição in situ de resíduos urbanos orgânicos em dois ambientes (aquático e terrestre)

Autores

  • Marcela Bianchessi Cunha-Santino Universidade Federal de São Carlos/Departamento de Hiddrobiologia
  • Irineu Bianchini Júnior Universidade Federal de São Carlos/Departamento de Hiddrobiologia

Palavras-chave:

solo, cerrado, modelo matemático, rio do Monjolinho, resíduos orgânicos

Resumo

Neste estudo descreveram-se as cinéticas da decomposição de alguns recursos orgânicos (bagaço de laranja, banana, lâminas de madeira, tecido de algodão e papelão ondulado) usualmente descartados indevidamente no solo e em corpos d’água. Para descrever as perdas de massa foram preparados 45 litterbags. As amostras foram incubadas em ambiente aquático e terrestre. Testou-se a hipótese de que a decomposição no meio aquático é mais rápida do que o meio terrestre, uma vez que a correnteza atua com um agente de abrasão. A cada dia de amostragem as massas remanescentes foram quantificadas. Os resultados foram ajustados a um modelo cinético de 1ª ordem. Verificou-se que a degradação em meio aquático foi mais rápida apenas para os resíduos de tecido, bagaço de laranja e banana. Os recursos madeira (0,0027 dia-1) e papelão (0,0089 dia-1) foram decompostos mais rapidamente no solo. Todos os recursos testados são biodegradáveis, sendo que o tempo total de decomposição desses detritos variou de meses (bagaço da laranja: 70 dias) a anos (lâmina de madeira: 6,8 anos). A hipótese de que a decomposição no ambiente aquático seria mais rápida que no ambiente terrestre foi corroborada parcialmente, uma vez que, a madeira e o papelão foram decompostos mais lentamente na água e os tecidos, casca de banana e bagaço de laranja foram degradados mais rapidamente no ambiente aquático.

Biografia do Autor

Marcela Bianchessi Cunha-Santino, Universidade Federal de São Carlos/Departamento de Hiddrobiologia

Departamento de Hidrobiologia

Área: Ecologia de macrófitas, Limnologia

Irineu Bianchini Júnior, Universidade Federal de São Carlos/Departamento de Hiddrobiologia

Departamento de Hidrobiologia

Área: Ecologia de macrófitas, Limnologia

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Publicado

2019-02-24

Edição

Seção

Artigo Original